Introdução Alimentar
Este post é realmente especial, não apenas pelo tema, mas porque estou escrevendo com algumas amigas queridas em mente, que fazem parte de um grupo e estão passando pela fase da Introdução Alimentar (IA), pedindo algumas dicas! Quando começamos a introdução alimentar do João Gabriel, pesquisei e ouvi a experiência e dicas de algumas amigas. Nas minhas pesquisas, encontrei o Manual de Nutrologia, que contém as últimas recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria. Há muita informação, pessoal! Cheguei a oferecer algumas frutas, inicialmente ele provou por curiosidade e depois não quis mais. Já havia escutado que o melhor investimento que você pode fazer na vida do seu bebê é uma alimentação saudável, então resolvi buscar a ajuda de uma nutricionista especializada. Aqui, seguimos a amamentação exclusiva até os 6 meses. Ouvi muito algumas pessoas dizendo para oferecer água para o menino, ou dar uma bolachinha para ele… Gente, isso cansa, e se você não souber o motivo de não oferecer, acaba cedendo. Então, informe-se. Não se oferece alimentos para bebês menores de 6 meses, por vários motivos, incluindo o amadurecimento do intestino e a falta de controle da mastigação! Fomos à nutricionista e conversamos por horas (risos). Eu já tinha um monte de informações, o que ajudou a tornar nossa consulta mais objetiva. Saí de lá bem orientada, com muitas dúvidas esclarecidas e com a disponibilidade de entrar em contato sempre que precisasse. Optamos pela IA participativa, onde eu ofereço o alimento ao meu filho, estimulando sempre sua autonomia, dando também alimentos para ele segurar. Começamos oferecendo a mesma fruta pela manhã por 3 dias; no 4º dia, a fruta da manhã foi para a tarde. Após isso, oferecemos uma nova fruta pela manhã, tentando dar o maior número possível de variações de frutas orgânicas, sem oferecer suco. Fica a dica: a criança que come fruta não precisa de suco. Estimule sempre a comer a fruta, pois existem vários estudos que mostram que a ingestão de suco está relacionada ao diabetes tipo 2. Já existe também uma nova recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP) para evitar oferecer sucos antes de 1 ano de idade. Agora, vamos falar sobre o almoço e o jantar. Aprendi que um pratinho completo deve ter cereal, tubérculo, proteína, legumes, hortaliças e leguminosas, evitando apenas as leguminosas no jantar. E o que precisa comprar? Eu aconselharia, como primeiro item, comprar uma cadeira de alimentação que se encaixe na mesa onde a família faz as refeições. O conforto é muito importante para esse início, e a presença à mesa é fundamental para que o bebê seja envolvido e aprenda a comer observando a família. Também acho importante um garfo sem ponta para evitar machucados, pratinhos e talheres apropriados para crianças, além de copos de transição abertos, com bico rígido ou com canudo (sim, todos os bebês nascem com a habilidade de sugar). Uma coisa que aprendi com a IA foi não desistir do alimento quando ele é rejeitado. Sabe por quê? Esse é o principal erro. Quando deixamos de oferecer o alimento, ele é esquecido, e a criança perde a oportunidade de provar novamente. Claro que você não deve forçar, mas procure oferecer em outros momentos, coma você esse alimento e introduza-o aos poucos. Tenho esse exemplo aqui com o Mamão. O João Gabriel provou pela primeira vez no início da IA e não quis mais. Com 1 ano e 7 meses, durante o nosso café da manhã, estávamos comendo mamão quando ele pediu. Eu, claro, dei na mesma hora. Resultado: comeu metade e passou a comer sempre que tem. A fruteira fica à disposição dele, e ele mesmo pega a fruta que quer comer, e agora o mamão também é uma das frutas que ele escolhe. Uma boa alimentação irá refletir ao longo da vida do seu filho. Faça o melhor que puder!